domingo, 7 de dezembro de 2014



Polícia Ambiental apreende 13 dragas e 6 balsas no rio Madeira



Operação realizada em duas etapas, no início do ano e nesta semana, também incluiu um garimpo de terra em Machadinho do Oeste.
Autor: Ana Aranda

O Batalhão da Polícia Ambiental (BPA) encaminhou à Polícia Federal 13 garimpeiros flagranteados  por extração ilegal de ouro e usurpação de bens da União  nas regiões do Alto e Baixo Madeira e em um garimpo de terra que estava sendo explorado na localidade de Tabajara, município de Machadinho, nas proximidades do rio Machado. Os garimpeiros flagranteados foram encaminhados para a Polícia Federal. Também foram apreendidos bens materiais no valor de R$ 5 milhões e 600 mil. A operação foi feita em duas etapas. A primeira no final do ano passado, na região compreendida entre Porto Velho e Calama, e outra de 15 dias finalizada nesta semana no trecho do Madeira que vai da cachoeira de Teotônio até a balsa do Abunã.   Na segunda etapa da operação foram aplicadas multas no valor de R$ 166 mil.
As informações são do comandante da operação, Tenente BPA Rodrigo Arrivadene. Segundo ele, a operação foi feita para atender a uma solicitação do  Ministério Público Federal, baseada em informações levantadas pelo serviço de inteligência da polícia. Na região do Baixo Madeira foram apreendidas três dragas – que são embarcações de maior porte, com cerca de 20 metros de cumprimento  11 de largura – e seis balsas, que são menores e mais rústicas. No Alto Madeira, foram seis dragas apreendidas. As condições do rio neste trecho só permitem a operação de dragas devido ao aumento do volume de água provocado pela construção da UHE de Jirau.
A extração ilegal de ouro em Rondônia é um problema antigo. Para coibi-lo, o BPA mantém uma
Destruição no garimpo ilegal de Tabajara - Foto - BPA
fiscalização rotineira e também realiza operações como esta finalizada nesta semana. “Este tipo de trabalho exige uma logística complexa e cara, o que dificulta a realização das mesmas”, explica o Tenente Arrivadene. Na que foi realizada recentemente, participaram 20 policiais e foram utilizadas cinco viaturas, três embarcações de pequeno porte e outra de porte médio.
Prejuízos
A extração ilegal de minério, como o ouro, provoca graves prejuízos ambientais. Os garimpos feitos em terra deixam grandes crateras no solo, alterando profundamente a paisagem. Já a extração na água favorece o assoreamento dos rios, o que afeta a navegação, entre outros problemas. A população que vive no entorno dos garimpos também é afetada pela atividade ilegal. “Além de todos estes prejuízos sociais e ambientais há ainda um prejuízo para o País, em que toda a população é lesada, já que os minérios são propriedade da União e só podem ser explorados em lavras licenciadas”,  considera o Tenente Arrivadene.

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